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Segundo estudos reduzir os ultraprocessados diminui o risco de diabetes tipo 2 em 14%.

Substituir alimentos ultraprocessados por opções mais saudáveis pode reduzir o risco de diabetes tipo 2 em pelo menos 14%, de acordo com um estudo publicado na The Lancet Regional Health Europe. Alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, refeições pr

Hagrata Islany Cordeiro Soares Publicou - seg 16, setembro de 2024 às 17h09

Por Hagrata Islany Cordeiro Soares seg 16, setembro de 2024 - 17h09
Saúde
Segundo estudos reduzir os ultraprocessados diminui o risco de diabetes tipo 2 em 14%.

O consumo de alimentos ultraprocessados, como refeições prontas e refrigerantes, está ligado a um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2. No entanto, a substituição desses produtos por alternativas menos processadas pode reduzir esse risco, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (16/09) na revista The Lancet Regional Health Europe.

Cientistas das universidades de Cambridge e Imperial College London, no Reino Unido, acompanharam a saúde de 311.892 pessoas por cerca de 11 anos para analisar a relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Os participantes, provenientes de oito países europeus, foram monitorados e, ao longo do estudo, 14.236 foram diagnosticados com diabetes tipo 2. Os resultados indicaram que, para cada aumento de 10% na ingestão de alimentos ultraprocessados, o risco de desenvolver a doença aumentava em 17%.

Por outro lado, substituir alimentos ultraprocessados como salgadinhos, carnes processadas e refrigerantes por opções menos processadas mostrou uma redução significativa no risco de diabetes tipo 2. "A boa notícia é que a substituição de ultraprocessados por alimentos menos processados foi associada a uma diminuição do risco", afirmou Samuel Dicken, da Divisão de Medicina da UCL, em comunicado.

Classificação dos alimentos e seus impactos Os pesquisadores usaram a classificação NOVA, que divide os alimentos em quatro categorias:

  1. Alimentos não processados ou minimamente processados: como ovos, frutas e leite.
  2. Ingredientes culinários processados: como sal, óleo e manteiga.
  3. Alimentos processados: como queijos, peixes enlatados e cervejas.
  4. Alimentos ultraprocessados: como refeições prontas, salgadinhos e doces.

Substituir 10% dos alimentos ultraprocessados por alimentos não processados ou minimamente processados reduziu o risco de diabetes tipo 2 em 14%. Quando a troca foi feita por alimentos processados, a redução foi de 18%. Essa diferença pode ser explicada, em parte, pelo consumo de cerveja e vinho, que, em estudos anteriores, foram associados a um menor risco de diabetes tipo 2.

Diferentes impactos dos ultraprocessados Os pesquisadores ainda dividiram os alimentos ultraprocessados em nove subgrupos, para uma análise mais detalhada. Esses subgrupos incluíam:

  • Pães, biscoitos e cereais matinais
  • Molhos e condimentos
  • Doces e sobremesas
  • Salgadinhos
  • Produtos de origem animal e alternativas vegetais
  • Pratos prontos
  • Bebidas adoçadas com açúcar ou artificialmente
  • Bebidas alcoólicas

Os salgadinhos, alimentos de origem animal, refeições prontas e bebidas açucaradas ou adoçadas artificialmente foram os mais fortemente associados ao aumento do risco de diabetes tipo 2. Por outro lado, pães, biscoitos, cereais matinais, doces e alternativas vegetais ultraprocessadas apresentaram uma relação menos significativa com o desenvolvimento da doença.

A professora Rachel Batterham, uma das autoras do estudo, explicou que a análise aprofundada mostra que nem todos os alimentos ultraprocessados apresentam o mesmo nível de risco à saúde, destacando a importância de diferenciar entre os tipos de alimentos dentro dessa categoria.

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