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O primeiro debate após o incidente da "cadeirada" entre José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) foi marcado por momentos de gritaria e advertências, mas também trouxe propostas focadas em saúde. Embora os ataques pessoais tenham dominado o início do
Após um início marcado por confrontos e ataques pessoais, o debate organizado pela Rede TV!/UOL conseguiu evoluir para a apresentação de propostas, especialmente na área da saúde, nos blocos finais. O encontro, o primeiro após o incidente em que José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira, começou tenso, mas aos poucos deu mais espaço para discussões sobre políticas públicas.
Logo no primeiro bloco, os candidatos trocaram farpas e lembraram assuntos delicados uns dos outros. Marçal foi o mais provocativo, mas todos os participantes enfrentaram momentos de tensão. A interação entre Datena e Marçal era aguardada com expectativa, e a polêmica da agressão foi mencionada logo no início. Durante o debate, Marçal insultou Datena, dizendo que o candidato do PSDB "não é homem" e que a Rede TV! precisou fixar as cadeiras no chão devido ao "comportamento de orangotango" de Datena. Em resposta, Datena disse que não reagiria fisicamente porque "covarde apanha uma vez só", referindo-se à ação judicial que move contra Marçal por calúnia e difamação.
As tensões aumentaram quando Marçal acusou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de desvio de verbas da merenda escolar, afirmando que o prefeito "vai preso" caso ele ganhe a eleição. Nunes reagiu de forma agressiva, dizendo que nunca foi preso e atacando Marçal por seu passado, insinuando que ele "saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele". Além disso, Nunes e Guilherme Boulos (PSOL) também protagonizaram trocas de acusações.
Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) também se enfrentaram em diversas ocasiões, com Marina acusando Tabata de usar um avião particular para visitar o namorado, o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Tabata negou e classificou as acusações como "delírio". Elas também divergiram em questões relacionadas à saúde pública.
A segurança do evento foi reforçada, com cadeiras parafusadas e a presença de seguranças particulares. Nos intervalos, os seguranças se posicionavam ao lado dos candidatos.
Marçal chegou ao debate com postura combativa, chegando a interromper uma transmissão ao vivo para discutir com o jornalista Diego Sarza. Sua equipe também fez exigências sobre a água fornecida pela emissora, mas Marçal negou que tenha recusado a água oferecida e afirmou que pediu apenas uma garrafa lacrada.
Embora o clima de tensão tenha sido constante, o segundo bloco do debate trouxe à tona mais propostas. O tema da saúde dominou as discussões. Boulos defendeu a criação de um "Poupatempo da Saúde" para reduzir filas de exames e prometeu construir um centro oncológico. Nunes defendeu sua gestão, mencionando a inauguração de um centro de alta tecnologia para o tratamento de câncer, em homenagem ao ex-prefeito Bruno Covas.
Marçal, por sua vez, propôs a ampliação do uso da telemedicina e criticou Nunes e Datena por supostas agressões. Marina Helena defendeu a redução da máquina pública e o combate a indicações políticas, enquanto Tabata Amaral destacou a importância de incluir equipes especializadas em saúde mental nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Na área de transporte público, Marina Helena sugeriu a implementação de uma "tarifa variável" para reduzir o custo das passagens fora do horário de pico. Datena e Nunes propuseram a ampliação da tarifa zero para grupos específicos. Enquanto Datena sugeriu passe livre para beneficiários do Bolsa Família, Nunes defendeu a gratuidade para mães de crianças matriculadas em creches.
As propostas de segurança foram mais vagas. Marçal, por exemplo, prometeu criar 2 milhões de empregos como uma forma de combater a criminalidade, sem detalhar como essas vagas seriam geradas. Outros candidatos, como Datena, falaram sobre o combate ao crime organizado, mas sem apresentar soluções concretas.
Tanto Nunes quanto Boulos buscaram reforçar seus vínculos com aliados políticos de peso. Nunes mencionou o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), enquanto Boulos destacou sua proximidade com o presidente Lula (PT). Boulos também acusou Nunes de estar alinhado a Jair Bolsonaro, em referência ao apoio que o prefeito recebeu do ex-presidente.
Marçal, apesar de sua postura agressiva, chegou a pedir desculpas durante o debate por ataques anteriores a Tabata Amaral, reconhecendo que foi "injusto" ao mencionar o suicídio do pai da candidata. Ele continuou, no entanto, com uma retórica combativa, chamando o prefeito de "tchutchuca do PCC" e reafirmando que Nunes seria preso por desvio de verbas da merenda escolar.
O debate terminou com mais de uma dezena de pedidos de resposta, sendo que os confrontos mais intensos ocorreram entre Marçal e Nunes. As propostas, especialmente na área da saúde, ganharam destaque nos blocos finais, equilibrando o tom mais acirrado do início do encontro.